Esses dias saiu na mídia o assunto de que uma participante do reality show cuja profissão é advogada, usou sua profissão para agir como queria dentro do reality show. Isso não é novidade. Muitos afora utilizam-se de seus títulos profissionais para dizer que "estou agindo assim porque sou advogada e posso te processar" ou "estou agindo assim porque sou psicóloga, então posso me meter em sua vida" ou "estou agindo assim porque sou isso e aquilo".
Essas pessoas têm grandes conhecimentos em suas áreas, isso é incontestável, elas podem usar de seus conhecimentos em momentos específicos ou quando solicitadas mas não a todo momento. A convivência com alguém que age dessa maneira pode ser prejudicada.
O fato é que, utilizar-se de um título profissional na convivência com as pessoas mostra que, sua personalidade real é mascarada atrás de um título. Essa pessoa passa a funcionar como uma profissional 24 horas ao dia, sem mostrar quem é de verdade.
A profissão médica é ainda uma das mais bem vistas, mas não é por isso que todo médico sai falando sobre o pulmão, o coração, as plaquetas, o sistema nervoso central a todo momento, ou se vestindo com o jaleco branco para fazer compras, a fim de afirmar a todos: "olhem, sou médico!". Apesar que, existem pessoas assim, que sentem-se valorizadas, apenas quando mostram seus títulos. Todavia, isso é esconder-se por de trás da profissão. Você "mata" seu eu verdadeiro e funciona como um personagem.
O que as pessoas buscam nas outras, não é alguém mascarado (a) por trás do título vinte e quatro horas: nós buscamos seres humanos que possamos conviver naturalmente a nossa rotina, com leveza, compartilhando nossas dores e alegrias.
Lembrando que, todo profissional pode dar seu pitaco e levar seus conhecimentos a todos, mas em momentos solicitados e oportunos, isso é diferente de a pessoa viver a profissão vinte e quatro horas, excluindo sua própria personalidade, seus verdadeiros erros, suas dores, etc.
Autora: Akemi Zaha
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