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Quando o erro dos outros te ensina algo

Nós estamos em constante aprendizado, nunca é tarde para mudar e criar novos hábitos. Nunca ninguém viveu essa vida só acertando e fazendo exatamente tudo certo, o tempo todo. Ao contrário, as pessoas passam essa vida errando, o que as faz aprender e evoluir como pessoa.

O fato de vivermos a vida errando e aprendendo, torna-nos mais humildes, pois se vivêssemos apenas acertando, seriamos perfeitos e não precisaríamos de humildade para nos arrepender de erros. Contudo, é muito comum que o erro dos outros se sobreponha aos nossos próprios erros, ou seja, o erro do próximo é sempre mais absurdo, inaceitável, inconveniente e errado, mas os nossos próprios, tentamos negar e esquecer.

Quantas pessoas você já não viu que disse que "fulano errou" e eu "não faria isso" ou "desse jeito"; mas sem que essa pessoa perceba, até uns dias atrás, ela cometia o mesmo erro, só que de outras maneiras. 

Então fica provado que é mais fácil apontarmos o dedo e condenar o próximo por um erro que até dias atrás, nós também cometíamos. Existe aquela frase de que "quando você aponta um dedo para julgar alguém, outros três dedos são apontados para você", e há reflexão nessa frase, porque o que incomoda nos outros, pode, na verdade, ser o nosso erro também.

Há pessoas que dizem que não suportam ouvir desculpas esfarrapadas dos outros, mas ela mesma já deu muitas desculpas esfarrapadas, à sua maneira, em outra ocasião, de outro jeito e com outra pessoa. Ou seja, nenhum de nós estamos sempre imunes a não errar. Ao apontar o dedo para alguém, nós podemos, sem saber, estarmos apontando o dedo para nós mesmos.

Se uma pessoa reclama que o outro é mal educado ou insuportável, é de se imaginar que ela seja bem-educada e sempre amigável, porém, essa não é a realidade. A realidade é que, ela pode ser assim com os outros, "mas os outros nunca podem ser assim com ela". Então daí nasce a ilusão de que "eu sempre acerto" e o outro "sempre erra" - porque deixar de olhar para si mesmo e perceber seus próprios erros, é se considerar perfeito.

O que acontece com a maioria das pessoas é que o erro dos outros é sempre insuportável, massacra a boa índole e ultrapassa todo o bom senso, mas os seus próprios erros apenas são "coisas passageiras", "errei, mas tudo bem" ou "ninguém vai saber mesmo". Deixamos para lá. Quando na verdade, nós vivemos poupando a nós mesmos de enxergar o óbvio: nossos erros.

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