Por que, após uma idade, torna-se um incômodo morar com muitas pessoas em sua casa? Seja com os pais, os cunhados, os avós, as primas, as noras, os bisnetos, e assim vai. A conclusão é que, nesse aglomerado de pessoas, sempre haverá desentendimento com uma facilidade maior, e consequentemente, inimizades, brigas, rancor, fofocas, entre outros.
Em vez de as pessoas se aproximarem em uma família grande, pode acontecer o inverso: as pessoas se afastam uma das outras, a fim de evitarem um nível maior de intimidade entre elas, evitando futuros desentendimentos. Os desentendimentos têm várias raízes: desde aqueles que pouco se movem dentro da casa até aqueles que fazem por todos.
O que acontece é um ciclo: se há uma pessoa que faz tudo, existirá os que fazem de menos. É uma alimentação contínua. Enquanto uma pessoa for assim, a outra será daquele jeito. Cada um assume um papel e se adéqua a ele.
A convivência familiar já é difícil por conta própria, mas há um jeito de tornar-se mais difícil: quando genro, nora, sogra, sogro, prima da prima ou sobrinho, por exemplo, passam a fazer parte dessa família por tempo indeterminado. As pessoas de fora, trazem toda sua cultura (modo de pensar) para dentro de sua família. Naturalmente, haverá um confronto de ideias, começando no início ou durante a convivência familiar (3º mês; 6º mês; 2º ano).
O fato é que, uma das partes pode sofrer mais, seja porque o outro não segue as novas regras, seja porque, sua privacidade passou a ter um limite, seja porque existem formas muito diferentes de cada um viver. Levando em conta, que cada ser humano define seu melhor jeito de viver; enquanto para um, o mais ideal é dormir às sete da noite, outro acostumou-se à meia-noite. Alguns preferem fazer compra toda semana e outros, durante o mês todo.
De fato, não existem regras universais, pois cada família tem sua cultura bem estruturada. Por exemplo, na cultura de muitas famílias americanas, o comum é que em dias de folga, muitos pais americanos façam planos de sair às caças esportivas. Enquanto no Brasil, o costume de muitas famílias brasileiras é divertirem-se indo às praias. Por esses exemplos bem diferentes, observa-se que, nenhuma cultura é melhor que outra, são formas que as famílias encontram de se divertirem enquanto um núcleo familiar. Por isso, entrar em uma outra família e conviver com ela, exige muita adaptação, flexibilidade, paciência e humildade para compreender as diferenças.
Por isso, o mais válido para que haja a boa convivência, sem estresse e confrontos, o ideal é que, as pessoas permaneçam na casa dos outros, por tempo determinado, e, o mais rápido possível, tenha seu próprio lar. Pois a convivência ideal é entre pais e filhos, e, mesmo assim, após uma idade dos filhos, pode tornar-se conflitante; mas passando desse "ideal" - pais e filhos, a convivência torna-se uma bagunça em determinado momento.